esse texto aqui eu fiz a pedido do meu amigo Rod Britto. na época ele estava lançando a série PAF (Pequeno Alto Falante), dentro do trabalho que ele já fazia com essa marca (jornal, evento, intervenções urbanas) e me chamou para publicar uma edição especial com poemas meus dentro da temática "Poemas Confessionais". parei muito para pensar, queimei a minha pouca mufa e finalmente eu escrevi esse poema - o mais confessional que eu consegui.
O QUE DIGO
não vou contar
que sofro de gases
e tiro caquinha do nariz
escondido (ou nem tanto)
e que as vezes me divirto
soltando pum
e deixando todos constrangidos
que as vezes saio sem cueca por baixo
minto nos meus poemas
e finjo ser melhor amante
e mais romântico
e apaixonado
do que verdadeiramente sou
nem mesmo insinuo
o quão cretino me sinto
em alguns dias
quando percebo o quão idiota é o mundo
e acho isso divertido
nunca contarei
das minhas loucuras ridículas
paranóias insanas
de minha mente fertil
nem dos deuses que invento
a cada manhã
lendo o jornal
ignorarei
que o leite fica mais caro a cada dia
e não existem mais
os leiteiros de drummond
e a caxinha longa vida
é feia de tão ascética
não direi a verdade
que não sei amar direito
que a paixão é a minha doença
e minha mente nunca fica
muito tempo nos mesmos pensamentos
e eu estou sempre olhando distante
nem escreverei
o quanto sou tosco em meus pensamentos
que não dou muita bola
pra regras sociais de convivio
e as vezes tenho vontade de mandar
tomar no cú
uma porrada de gente
em minha poesia
mostrarei somente
o que percebo
do mundo
impressões
a única verdade
objetiva
O QUE DIGO
não vou contar
que sofro de gases
e tiro caquinha do nariz
escondido (ou nem tanto)
e que as vezes me divirto
soltando pum
e deixando todos constrangidos
que as vezes saio sem cueca por baixo
minto nos meus poemas
e finjo ser melhor amante
e mais romântico
e apaixonado
do que verdadeiramente sou
nem mesmo insinuo
o quão cretino me sinto
em alguns dias
quando percebo o quão idiota é o mundo
e acho isso divertido
nunca contarei
das minhas loucuras ridículas
paranóias insanas
de minha mente fertil
nem dos deuses que invento
a cada manhã
lendo o jornal
ignorarei
que o leite fica mais caro a cada dia
e não existem mais
os leiteiros de drummond
e a caxinha longa vida
é feia de tão ascética
não direi a verdade
que não sei amar direito
que a paixão é a minha doença
e minha mente nunca fica
muito tempo nos mesmos pensamentos
e eu estou sempre olhando distante
nem escreverei
o quanto sou tosco em meus pensamentos
que não dou muita bola
pra regras sociais de convivio
e as vezes tenho vontade de mandar
tomar no cú
uma porrada de gente
em minha poesia
mostrarei somente
o que percebo
do mundo
impressões
a única verdade
objetiva