cicuta
no arroz-feijão
de cada dia
sempre estar de novo
sem sintonia
cada hora passar mais lenta
vertiginosa
as portas se sucederem num labirinto
sem sentido direção
o sol nascer mais tarde nessas manhãs
estranhas do inverno
longas noites fechadas nas paredes camas lençois estrelas
angustiantes
estável desespero respirável ar denso
quase em desconforto
alinhavado nas ranhuras
da alma posta
as pilulas não preenchem
o vazio o estranho o cinzeiro a poeira
que insistem em se esconder
nos cantos do armário
lacrado
tensa retesa verdade
vidro de aquário cárcere
diante do grande público
insistente em aplaudir
enquanto admira vísceras
expostas ao seu deleite
poema
cicuta
no arroz-feijão
de cada dia
sempre estar de novo
sem sintonia
cada hora passar mais lenta
vertiginosa
as portas se sucederem num labirinto
sem sentido direção
o sol nascer mais tarde nessas manhãs
estranhas do inverno
longas noites fechadas nas paredes camas lençois estrelas
angustiantes
estável desespero respirável ar denso
quase em desconforto
alinhavado nas ranhuras
da alma posta
as pilulas não preenchem
o vazio o estranho o cinzeiro a poeira
que insistem em se esconder
nos cantos do armário
lacrado
tensa retesa verdade
vidro de aquário cárcere
diante do grande público
insistente em aplaudir
enquanto admira vísceras
expostas ao seu deleite
poema
cicuta
Adorei, as vezes me sinto assim!