segunda-feira, abril 21, 2008

someday, somehow...



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eu sou sempre
definitivo até o próximo instante

e me consolido
ao ser o que não sou

a arte
é toda feita de contrastes
também
- a ourivaria do efêmero -

o sol é o mesmo
o amanhecer não

há algo que se rompe
e algo que se estanca
há revolução e calmaria
em cada olhar
que cruzo comigo

não há muito o que fazer
só resta acreditarno que é seu
e duvidar do mundo

quarta-feira, abril 16, 2008

meu bom e velho amigo, primo, parceiro, irmão, chapa, cumpadi para a vida inteira tomaz me pediu para criar um texto para um trabalho dele sobre pós-modernismo, algo que ele iria postar no blog "O Mundo Morde", que é não por acaso o tema do trabalho dele. enfim, escrevi essa meia duzia de linhas baboseiras para o cara e ainda por cima vou ser besta de postar antes dele... é assim meu chapa, demorou dançou na pista. na verdade nem demorou, sou eu mesmo que nunca posto nada aqui e vou aproveitar para roubar esse texto que te cedi e colocar aqui. tá pensando o que?!? o mundo morde, ué!!


o mundo morde, meu chapa. e sangra. o mundo, este cachorro louco no eterno mês de agosto. os dentes cravados a fundo no fundo são mera brincadeira. o jogo vai mais a fundo, este jogo do mundo. o chato dessa brincadeira é que não dá pra ser criança senão você dança e aí, bau bau, já era, hasta la vista. o prazo a pagar a perder de vista. quem duvida, no fundo, não sabe o que é a vida. veio em brancas nuvens para não fazer diferença, no final esse alguém nem tenta. é duro tentar encarar os duros muros que se poem no mundo - entre o inicio e o sucesso, entre a fortuna e a desgraça, entre as pessoas e o amor, entre você e você. tudo que é sólido desmancha na primeira mordida do mundo. as cicatrizes, essas ficam. no fim das contas todo mundo faz contas no fim do mês, do pedreiro ao chinês, do presidente ao burguês. isso é o mundo. todos nós. e quem morde afinal somos nós. uns aos outros. e isso é o que é mais difícil. é, meu chapa, o mundo morde.